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Oi Mundo, Ainda não Fomos Apresentados.

Fui mal apresentada ao mundo, ao conceito “casamento”, às amizades e a mim mesma. Cresci em um lar aonde a mãe era triste e o pai era ausente. Me apresentaram o casamento como uma instituição regada de brigas, choros e gritos. Apesar de um lar conturbado, eu era uma criancinha feliz, conseguia fazer amizades facilmente e achava a minha aparência super agradável...


Mas, começaram a me ensinar que era muito ruim ser o que o eu era, ter as minhas características físicas, minha personalidade. Aprendi que era ruim fazer amizades e se apaixonar pelos “garotinhos”, pois essas pessoas iriam me ferir em algum momento.


E como a primeira impressão é a que fica, fui crescendo com medo do mundo e de tudo que tinha lá fora. Tudo na minha vida era acompanhado de um medo sem explicação. Coisas comuns como as apresentações da escola, gostar de algum menino, primeiro beijo, primeiro namoro e primeiro dia de aula da faculdade, foram momentos que o medo era gritante dentro de mim. E assim está passando toda a minha vida; momentos que deveriam me trazer prazer e satisfação, só me trouxeram angústia.


As poucas vezes que expressei meus sentimentos para algumas pessoas, me senti vulnerável e me arrependi. É como se a pessoa, a partir disso, soubesse o meu ponto fraco e usasse contra mim posteriormente. Sinto uma pressão muito forte vinda de todos os lados, e isso me paralisa.


Não posso errar a receita que estou fazendo pela primeira vez, não posso ser eu mesma se não me encaixo no padrão de pessoa "descolada", devo ter snapchat e lá postar fotos sempre rodeada de amigos, tenho que ter vários meninos atrás de mim, pois, quanto mais desejada, mais mostro que valho a pena. Ser uma garota reservada, cristã, tímida, não vale a pena, os meninos não enxergam.


Eu sinto que nunca consigo atingir as expectativas. E com isso eu guardo um medo muito grande de não conhecer alguém legal que eu consiga amar e ser amada de forma recíproca. Tenho medo de não conseguir ser uma profissional capacitada, não conseguir conservar as minhas amizades antigas e nem me relacionar com as pessoas de uma maneira profunda.


Quem me vê fechada e em algumas vezes agindo de uma forma mais grosseira, não percebe que por trás há uma pessoa frágil que quer apenas o reconhecimento dos outros. Mas, é aí que está o problema, eu espero do mundo certezas que precisam vir de dentro de mim.


Não é necessário que as pessoas acreditarem em mim ou digam que sou capaz. Não é necessário eu ser desejada para eu ter um casamento feliz, eu não mereço viver com a cobrança de que tenho que ser perfeita...


Deus me sonda e me conhece. Ele não permitirá que o mal sobreponha ao bem. Olhando o exemplo de Jesus, tudo isso passa a ter sentido. Ele era perfeito e foi tão rejeitado. Mas...é porque... sei lá... tem dias que esse mundo me cansa, essas regrinhas bestas me cansam, as cobranças me cansam, andar na contramão cansa. Eu posso até cansar, mas não vou desistir. Quero que Deus me apresente ao mundo dEle e assim, quem sabe, eu tiro a má impressão que tenho sobre tudo.


Da esperançosa, Diana.

*Todos os nomes são fictícios para que a identidade dos personagens seja preservada.

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