Resolvi postar este desabafo exatamente como a desabafadora me enviou. Foi uma forma extremamente sincera e poética que ela usou para expressar suas dores internas e noturnas. Da uma lida e vê se você se identifica...
"Às quatro da manhã de um dia como qualquer outro, sou acordada por alguém. Um alguém intruso, que bateu a porta da minha casa, a casa da minha mente, sem pedir autorização para entrar. Simplesmente entrou fazendo o maior barulho e quebrando tudo dentro da minha residência, especialmente do quarto do meu coração. Já chegou me assustando, fazendo o meu coração disparar e eu chorar, pelo medo do mal que aquele atrevido pudesse me causar. E causou.
Ele fez com que eu me sentisse insegura quanto a preservação da minha integridade como um todo e duvidar da minha capacidade de lutar por ela e pelo meu forte desejo de ser feliz. Mas, eu lutei. E quando fiz isso, olhei para ele e o reconheci como sendo familiar e ao mesmo tempo duvidei que fosse. Quem era ele? O medo. Um ser frio, cruel e violento que vinha ao meu encontro para assaltar a minha paz. E ele era tão cara de pau que ainda tinha a audácia de vir acompanhado pela sua comparsa: a ansiedade, que era mais cruel e violenta que ele.
Ela me encurralava e me fazia sentir que a única saída existente não era permitir o assalto e roubo de algo que era precioso para mim e sem o qual eu jamais conseguiria viver: a minha paz. Eles já vieram aqui outras vezes e cometeram tal crime, mas dessa vez foi pior. Agiram mais violentamente, me jogaram com força no chão da impotência e me machucaram. Porém, mesmo tão machucada, eu ainda tive forças e coragem para gritar no meu íntimo, a minha vizinha tranquilidade, que ela viesse me salvar de tamanha violência, já que os mesmos se recusavam a sair do meu lugar.
Ela me ouviu e veio ao meu encontro para me socorrer. A chegada sorrateira dela, fez com que eles se assustem e saíssem correndo. Depois de muita luta e um ato de coragem, eu finamente consegui me livrar deles, e o melhor: consegui recuperar o que eu havia perdido. A luta agora é para superar o trauma e as marcas deixadas pela violência dos assaltantes e invasores de casas alheias."
Da desabafadora, Larissa.
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